segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sintoma ...


Um tanto de dor ao redor do peito,
Um pouco a cada instante,
Ocasionada por algo alastrante,
Fragmentos da sua saudade
Que me invade.

Um abraço seu faria passar,
Alentar
E quando eu já estivesse ficando sem ar,
Seu sorriso contagiante me acalmaria
Como musica,
Transmissora de tom próprio e verdadeiro.

Ouvir sua voz
Etérea e ter três
Segundos do seu olhar,
Faria-me poetizar
A mais verve prosa,
Com as mais belas palavras,
Já deixando para trás a dor.

De que se pode chamar isso,
Se não insinuação?
Sinal circunstancial?
De querer bem?
De querer ver?
De querer ter?

domingo, 17 de agosto de 2014

Era uma vez um verso ...


Um papel em branco, uma tela limpa,

Uma descrição romanceada de fatos puramente imaginados, anedóticos.
Sem carecer interrogar “cadê você”, semeou-se no vento e
deixa-se ceifar na brisa leve ou na tempestade,
na oscilação brusca ou inerte suave.

Tal qual uma coisa que envolve, enviesado, tendendo ao meu lado, me ganha no primeiro discurso,
por mim mesmo narrado e comigo mesmo discutido em uma fluência impressionante,
mas perece descaminhar das atenções desinteressadas.

Tal vez frente a poemas lacrimejei e numa palavra ou entre duas escondo-me
acanhado perseguindo uma rima despercebida ladeada por seus sons,
caminhara urbanamente contagiado pelo que ruralmente resistira autêntico,
apropriando-me do olhar clinico das duas dimensões,
nas trilhas desse tom sentira-me na primeira fila do melhor espetáculo.

Talvez os versos interajam com os traços de personalidades
das faces que a encontram ou
que são encontradas, inseridas lado a lado como em nuvenzinhas
as imagens movem-se vagarosamente na mente e
vão metamorfoseando-se cadenciadamente em uma reunião de palavras.

Observara tudo, durou pouco e tudo fora se dispersando
junto com o cheirinho gostoso de poesia exalando.

Alguns dísticos ficaram nos rascunhos, neologismos comparecem como um nervo estimulado e
maneirismos sempre tem cada um com o seus, embora nada medicamentoso (risos).

O lirismo e suas subjetividades causam o ato – verso – instigante,
desconexo se não inteligíveis,
mas vale conhecer, vale esmiuçar,
vale dar chance ao verso.


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Antiga Manhã ...



Pela janela olhara os galhos ruborizados dos pinais,
secura do outono, proximidade do inverno e necessidade da primavera daquela manhã.
Fora como olhar pelo retrovisor, nostálgico inicio de dia que não volta mais,
quanto aos pinhais mais adiante eles florescerão novamente, turnês de cores vivas, chamejantes,
que sempre fazem ao encontrar a brilhante estação.

Ouvira pássaros e suas personalidades desajustadas a conversar, caminhar pelas avenidas avermelhadas, trechos de esquinas e paralelas verdejantes, mas não floridas.
No meio do falatório, distinguira o elegante canto de um bem-te-vi antes
de nota-lo entre os transeuntes.
Anormalidade urbana e sua fervilhante vida,
a cada pouco mais despercebida de nossos olhos apressados e ouvidos indolentes.

Vagara ali para fora entre o nascer do sol e o meio dia, não a esmo, vivífico.
Assaltara-me o olhar antes mesmo que eu tivesse a oportunidade de dizer:
“quero ver-te”,
de jeito que não foi um incomodo permanecer ali por horas a fio.

Um sorriso, um pouco de dor ocasional pela saudade que ainda invade
e a elegera como uma joia constante, de brilho intenso, a altura de seu nome e,
além de tudo mais, se num dia de alegria todos estiverem se ausentado,
brinde, saúde, volte atrás, veja adiante, agora torne-se, caia, levante-se, leia, narre,
redija antiga manhã.


domingo, 20 de julho de 2014

Nostalgiando ...


Saudade,
Fala-se de uma saudade que ainda não se sabe se existe reciprocidade.
Fala-se do sorriso, do abraço, do cachecol e dos laços.
Fala-se da rede que não há mais, por isso também pensei em deixar para trás.
Fala-se da dor de cabeça que não cessa, dos dois remédios tomados e do parque de águas que agora deixa todos molhados.
Fala-se do presente inusitado que ainda nem foi dado, não são flores recém-colhidas nem chocolate ao leite ou meio amargo.
Fala-se do musical, do luau, da musica que fiz pra você, verdade, não sei esquecer.
Fala-se da sinceridade, da beleza e da pureza, de entender o que eu quis dizer quando assim te retratei.
Fala-se das desculpas não dadas, depois dos risos pela piada e o sugerido abraço de pagamento era um alento.
Fala-se do friozinho na barriga, contudo a vista por cima das silabas é atrativa, pra descer dizem que o freio é de imã, dispondo bem as palavras e simplificando em três segundos a rima.
Fala-se do sono que nos pegou, do orvalho da manhã, do vento no fim de tarde, do boa noite e da previsão que invernou.
Fala-se do cabelo desgrenhado, foi engraçado, quando falou foi disso que lembrou.
Fala-se de convidar, de aceitar, de agradecer, de se alegrar.
Fala-se da semana cheia de coisas boas ainda que venha com garoa, pingo, gota, nuvem, bruma, raio, eu saio, mas a saudade não me deixa.
Fala-se da nostalgia que não passa, balbuciando romanticamente
como vento doce de primavera que a gente sente:
“se você estivesse aqui”.
Fala-se, grita-se, silencia-se:
“se você estivesse aqui”
Fala-se de gratidão e de... até em breve então.


sexta-feira, 11 de julho de 2014

Deslindando-se por esperar ...

Estivera recordando da última que a vi, ambos caminháramos no centro da cidade, ela estava do outro lado da rua, ainda assim notei que havia recém pintado o cabelo, que por sinal ficou significantemente belo, para não dizer outra coisa que a faça me chamar de exagerado.
Sua calça cor vinho acompanhara o seu andar místico, robusto e perspicaz, paciente e elegante,
é um generoso contraponto e carrega contigo essa arte.

Respondeu meu tchau enquanto seguia para lá afastando-se, o narrador continuou na outra direção, assim desaparecendo das vistas pouco a pouco um a cada extremo da avenida.

Logo houve outro distanciamento, o das palavras, que faz parecer estar tudo mais longe do que realmente é. Isso não me impediu de considerar mais os prós avaliados, após ideias e pontos de vistas internalizados e exteriorizados sem perder a espontaneidade autêntica de cada um.

Equalizar é um desafio se os perfis são muito dispares e há práticas diferentes das usuais que geram decisões antipáticas, mas se é díspar existe beleza impar esperando por deslindar-se ou deslindando-se por esperar, sem distinção de urgências.

É meio sub-reptícia, no sentido de não estar aqui a toda hora, todavia reaparece exclamando: "Cinema!". Não respondi por um dia, realmente sem meios, seria preciso ser de todo o insensível para não dizer, Sim!

Por agora o fim da tarde já se foi, o inicio da noite entrou e cai uma garoazinha, nesse instante indaguei-me com um sorriso de alegria, daqueles que afeta o corpo inteiro, e se fosse necessário podia muito bem ter falado somente com o gesto...

O que fazer a seguir?


terça-feira, 20 de maio de 2014

O Livro emprestado ...



Vou tira-lo de mim, em silêncio.
Silenciosamente despeço-me com um sorriso não contido,
é este que vou emprestar-te Senhorita, ele tem esse alcance sem a menor coação
junto ao emprestador e qualquer um o pode verificar,
é um reflexo condicionado por sua personalidade.

Sempre fica deste lado, o meu preferido da estante.
E quando o tomo em minhas mãos mais uma vez, como um salteador
vem escoimando-me de alguma falta,
ferve-me o cérebro e faz-me um cosmopolita sem que eu saia do meu cantinho.

Sabe Senhorita, morrera em mim qualquer desdém a esses bichinhos depois de inteirar-me, saborear-me, imergir-me nessa biografia e fora indisfarçável,
realmente todas as vezes que ocorrera algum encontro, sempre inesperadamente, fora meio insuportável ficar indiferente, não passara sem, de alguma forma, admira-los,
visto que antes não havia certa afeição entre nós (risos).
Não sei como soubera, mas sabia que ainda um dia iria entendê-los um tanto mais,
como um rascunho deixado para uso adiante.

Sei que não iras trata-lo como uma joia rejeitada, mas doar-se-á apaixonadamente.
E, muito embora, eu próprio, com minha percepção, formando de várias partes compus as linhas iniciais desta obra, esta, da sensibilidade que floresce da sua face,
sei, mas não sei como soubera da certeza desse sentimento, fora a elisão perfeita
compor + perceber + real + sentir, nem imagino como ficaria, mas deixemos imaterial,
a construção já diz por si só, creio não estar errado.

Senhorita, como um fio embebido de substancia inflamável, vou rastilhando-me por entre as linhas,
topando com a alegria e a cada pouco explodindo em felicidade,
só porquê quiseste também trilhar este caminho, estimado meu,
que vejo como uma capacidade de gerar emoção, pela especificidade que trás.

Com seu irresistível entusiasmo, logo, tão logo, estarás partilhando-me
da experiência com sua finura notável e visivelmente cabível.

Com o olhar umedecido dando ouvidos ao que expressas o teu canto,
feericamente em silêncio escutarei.


(Livro citado: Um gato de rua chamado Bob)



segunda-feira, 12 de maio de 2014

Meu caderno de crônicas acabou...



Ele estava cheio, repleto, sem espaços de sobra, como uma mesa farta a espera de comilões.
Textos, rabiscos, correções, alguns inacabados por terminar, mas sem papel para completar.

Palavras confusas se misturam, e inconfundíveis também, parágrafos coerentes vão brotando e
outros cheios de incoerência se espalham, visto que tudo está sob o domínio do seu modo de ver.

Não! Eu não redijo para obter olhares censuráveis,
mas para encontrar algum coração que careça desse passadio.

Inesperadamente nos afazeres surge uma palavra, frase, fato que inspira ou uma palavra,
frase, fato que tomo como inspiração, a diferença é que uma me enche
e outra busco por me encher, só isso que preciso.

Obviamente alguns são mais consideráveis que outros e tem um peso que nem se pode medir.

De quando em quando, como a alguns segundos, cochilo com a caneta na mão e rabisco minha camisa, já se tornou comum, é como se eles já fizessem parte daquela narrativa.

Por vezes nem sei muito como convém terminar, mas esta é a melhor parte de poder cronicar,
sem esperar, como uma semente aguardando o tempo certo do inaudito que brote
entre a ponta da caneta e o papel ainda em branco, finda-se.


sábado, 10 de maio de 2014

Um café com leite meio a meio ...



Houve uma ocasião, algumas, em que roguei para a atendente
– Acrescente um pouco mais de leite, é que gosto dele clarinho, não tão claro, meio a meio, sabe?

E quando vem assim, desse jeitinho, dedico intimamente a quem preparara participação no meu prazer, dizendo redundante a cada gole
– parabéns pelo trabalho, parabéns pelo trabalho (risos).
Fico assim me deliciando com um cafezinho. Franca e honestamente não sei se sou eu que vou à
padaria me embriagar ou se é ele que está lá a minha espera, se é eu que o tomo ou se é ele que faz questão de se jogar garganta abaixo.

Saio por ai dizendo a todos – gosto de café!
Pra mim é como se estivesse me auto adjetivando, mas isso não quer dizer que quem não toma ou não gosta...
Espere, ainda não parei pra pensar nesse ponto (risos).

Na sua falta, sua falta é irredutivelmente suplantada pela sua falta, a falta vence e a falta permanece até a próxima oportunidade (risos).
Sempre que vou ali à padaria não fico fitando tudo, procurando curioso algo que me instigue,
ali eu não sou guloso por novidades, até aceito sugestões desde que fique bem acompanhada
do cheirinho que produz um impacto no meu olfato e venha com a fumacinha se esvaindo pelo ar até me encontrar,
do café com leite meio a meio...
Meio a meio em!

domingo, 27 de abril de 2014

Falhas do meu sono ...




Já era alta noite, passara de zero hora, mas isso não me impedida de escrever um pouco mais, aliás, faz parte do pulso normal de uma vida sempre buscar um pouco mais.

Entre a caneta, o caderno, o celular, um cochilo, meu inconsciente insistira em ecoar:
“do outro lado da cidade há alguém fazendo um trabalho de faculdade, compondo uma musica,
vendo um filme, cuidando de um neném, ou redigindo um texto também”.
E dissera-me a prosa do outro extremo: “ficarei até às três da manhã”,
imagino que se carecesse permanecera um tanto mais,
são esses que em muitos casos servem de referência pros desorientados.

Essa fora a nota prefacial de dois acordados na madrugada, um lado lendo a criatividade do seu pensamento, o outro lendo para entender o dever e arquitetar as respostas, um esperando o domingo e o outro do mesmo modo.
Se fossemos uma sopa de insones, seríamos nós que entornaríamos o caldo, mas neste momento o que os mais tornam semelhantes dentre tantos, é que o sono ainda não havia os pegado, ou melhor, havia os poupado por uma boa causa.

E antes do prometido boa noite, fora pego de surpresa, penetrei-me no escuro e no silêncio,
breve e intenso, mas logo refiz-me desperto, contra os próprios desejos e ao mesmo tempo ao encontro deles, redijo ...

Sobre olhos, sorrisos, a tez de pêssego pontilhada de sardas ou não, a palheta e o violão, abraços, saudade, a dor que se transforma em alegria e gente que mesmo ao longe ainda é companhia, redijo sobre ser, sobre filmes que não vimos e que vamos ver, substantivo morto,
verbo vivo e todos os outros não citados aqui fazem a prosa continuar.

Em vez de verso intenso e preciso, anotações simples, rascunhos revistos,
falhas do meu sono, filhos do insone.


terça-feira, 8 de abril de 2014

Sob o verde de um olhar azul ...



No momento em que os olhos se abriram
Despertara-se vestígios visuais artesanalmente criados pelos efeitos dos raios de luz.
Em baixo de limoeiros à sombra do sol ardente
Sob a luz da tarde
Já sob a luz pálida
Seu poetismo literário derrama-se ilimitadamente em inspiração, tal qual o ato de fazer entrar ar nos pulmões. Vivificante!

Sabe, é difícil fazer alguma digressão falando, escrevendo ou digitando sobre ...
Logo a cor opaca do pensamento, branca do papel e da tela vai se misturando a um sol que estava escondido, pronto para emanar seus traços de luz iridescente e colorir tudo.
É um contraponto oposto e único onde as melodias, harmonias, vozes e instrumentos aqui nascem em cores que vem compondo uma alegre melodia de primavera intensa, crepitando baixinho seu canto no meu lento inverno.
Que alcance tem isso!
Vindo de tão longe e já perece estar tão perto. Alcançou-me!
Nesse instante do texto a claridade do entardecer já havia acabado
E eu como um sentinela ao lado de minha janela

Assim espero estar
Sob o verde de um olhar ... Azul!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Um Generalizado Cintilar ...



Estivera caminhando, era inicio de noite e o domingo já se despedia.
Soprara um ventinho fresco de fim de estação onde o verão estava quase se indo e o tom cinzento do outono aproximara-se.
Naquele instante passara frente a um apartamento no centro e ouvira um latido, o cachorro parecia ser filhote e o granido viera dos últimos andares. Olhei para cima, parei por alguns segundos, pasmo com aquela minúscula cena, sem reação nem entendimento, sei lá, talvez flashes de reminiscência nascessem no meu inconsciente.
Minutos depois reavaliando aqueles segundo, pensei: “que fora isso?” (risos).
Ocorrera instantes depois de ter conversado com alguém que fora educada onde poucos o seriam, que deu uma bela resposta quando poucos a dariam, que não gosta de “emotinons”, que não gosta de abreviaturas e que escreve mensagens certinhas, com todas as letras existentes na palavra, seja por rede social, seja por sms, seja onde for, logo, as mantivéramos vivas, não as matáramos, não tiráramos a sua nobreza também fica bem colocado, de nossa sintaxe e expressões idiomáticas. Isso fizera com que a prosa ficasse ainda mais rica, saborosa, instigante e com um gostinho de quero mais.
Educação suplantara educação a cada pouco, a cada fala...
Na conversa, tudo que poderia ter expressado o fizera com eloquência, convenceu...
Logo então deixáramos ir se esvaindo aquela seriedade imaginada unilateralmente, ou seja, só quem agora redige pensara existir.
E uma troca de honrarias inesperada, mas bem vinda, acontecera por alguns minutos inteiros, fora como se alguém tivesse aberto as cortinas e jogado um tanto de sol naquele inicio de noite, muito embora, depois desse momento no meu intimo tudo ainda era dia.
Percebera que tudo ali fora uma benção disfarçada ... de simplicidade, de coisas pequenas, na maior parte elas sempre acontecem na nossa vida assim e só os mais atentos conseguem notar, o que se pode chamar de honestidade/dignidade do coração, aqui particularmente exposta nos olhos e/ou olhar, nesse generalizado cintilar. Tenho que admitir, não consigo não admirar!

Algum tempo depois, ainda se alimentara de todo aquele momento.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Viera soprar lagrimas e anestesiar dores ...


Gostáramos de coisas idílicas, o lugar e a forma como nos conhecêramos o diz, uma chácara cheia de verde, lagos, rios, pássaros, searas e ciprestes a se entrelaçar, fazendo a mesma melodia sem desafinar.
Um lugar tranquilo e pitoresco acolhendo pessoas que chegavam para passar o fim de semana, dentre elas uma me conquistara servindo-me uma xícara de café com leite, (esse é realmente um dos meus pontos fracos, café), risos.
Dada à forma como me serviu e como agiu, assim notei como se dissesse por dentro: “quão claro azulado é seu olhar e quão belo este sorriso fica nesta face”. Aquele breve instante pareceu durar para sempre naquele pulsante coração.
Fora final do verão, mas soprara um ventinho que parecia de primavera, viera soprar tantas lagrimas derramada e anestesiar as dores expostas daqueles que escolheram estar naquele lugar cheio de Divindade, onde a Divindade os escolheu primeiro, só carecia do sim que já se havia dado.
Ah! Nossa escolha, decisões. Está ai uma coisa que ninguém mexe e ninguém pode fazê-las por nós, o processo se chama livre-arbítrio.
Todas, todas elas terão uma reação, uma consequência.
E com o auxilio do sopro e a certeza da esperança alicerçada na fé, esperamos fazer as melhores.

Neste momento o sol já esta se escondendo e cai uma fina garoa. O que Faze a seguir?
Vamos rezar e esquecer a espera!



*Sopro: Espirito Santo
*Fé: Hebreus 11,1
* Vamos rezar e esquecer a espera: Madre Tereza de Calcutá.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Um sorriso fortuito e espontâneo ...


Ontem, à noite sem demora havia chegado e eu estava escrevendo uma crônica para ti, cochilei e quando percebera a cabeça já se declinava sobre os antebraços cruzados, o movimento artesanal da mão sobre a caneta e da mesma se misturando ao papel então havia se calado, um fino silencio tomara conta da cena.
O frio batia à porta, queria entrar, sua insistência em querer juntar-se rendera-lhe uma parte nesta circunlocução, mas tal inspiração não me fizera arrefecer, garbodinei-me bem para então recomeçar, escusei o cobertor para não estorvar.
Celebremente narrei para mim mesmo: ah! Se não fosses tu, com quem estaria eu proseando nos meus pensamentos. Tu és Tu, os fatos te moldaram assim e outra pessoa recusaria para não deixar dela meus imaginários.
Aproveitando a deixa do passadio imaginário, lembrei-me agora durante a prosa, que antes de entrar olhei para o céu, encontrara-se lindo, ainda mais gracioso dentre os outros que já se mostraram. As estrelas sorriram, sim! Elas sorriram tão fortuitas e espontaneamente que não sei dizer se foi eu que as olhei ou elas quem me fitaram.
Mas o que faz uma pessoa cismar, considerar ou “piegalizar”, (acabei de inventar essa palavra), que foi assim? Não sei, sei que elas estavam felizes e pela experiência do momento era uma felicidade extremante contagiante.
E se depois de algumas linhas escritas sem diretamente muitos dizeres um sorriso sincero de bondade e admiração nasceres...
Posso parar por aqui, cumpri o que pretendi.
Difícil é apurar em dinheiro tamanha simpatia que transcendeu.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Se ganhar ganhou e se perder também ganhou ...


Mente compreensível, compreensivelmente.
É! Carece ser compreensível.
Mesmo quando desesperadamente triste, precisa ser.
E ainda que se dirijam em sua direção com uma maldade visível na voz, permaneça.
Sussurrara uma palavra e fora como ter falado com uma parede, só as use quando necessário, deixe o seu ser dizer por si.
Olhara e lá se passara um, dois, três, dias, meses ou anos e já estivera esperando por estourar, conserve-se, recuse. Organismo, músculos, glândulas e nervos se abraçarão nessa recusa, e para responder e defender juntos esse não que foi dado se põem em guarda.
Amor fora o projétil que a arma necessitara e por muitas vezes provoca um colapso, queda de tensão naquele que fora atingido sem esperar, traído pelo seu senso comum.
Assassinara-o ódio e desmontara o adversário oferecendo-lhe a outra face.
E se usado um sem-numero de milhares de vezes o resultado será o mesmo, sem se importar com o modelo da arma, é só estar bem carregada sempre.
É como uma competição bem diferente das comuns, pois não há perda.
Quando se doa amor ao próximo e ele é reconhecido você ganha e mesmo quando se doa amor e ele não é reconhecido você também ganha.
Se ganhar ganhou e se perder também ganhou!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Desconfundir ...



Alguns dias de convívio com uns fragmentos de conversas.
Presumi que quando fala exala em voz doce educadamente e quando silencia absorve tudo inteligentemente. Saltam dos seus olhos contemplação e atenção.
Tem um choro transformador, ele mesmo se revela sem carecer muitos adicionais. Desconfundi, oposto do que diz sua autopercepção.
Quando declara que enxergou beleza na ação ou efeito, concreto ou intangível, consegue convencer.
E o mais belo, além de todo o óbvio, o seu sorriso é! Nele inexistem ambiguidades, vou escrever pouco sobre, ele diz por si só.
De fato alguns sinais são uma parada resolver, obscurece o raciocínio, mas logo se enche de luz, ela sempre tem mais força.
E forte é a sua rotina que não tem rotina, é um paradoxo, se recusa a deslindar sua vida vivida assim. Diz ela, querem vestir-me um rótulo que não me serve, deixe-me não ser monotonia.
Por essas e várias exasperada não te imagino.
Estou aqui conicando mais uma vez e antes que venha com sua leve entonação interrogativa: “sobre o que está conicando hoje?”.
Desconfundir!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Fumacinha de Felicidade ...


Era a primeira manhã de verão, a primavera já havia se despedido pela porta da frente, embora durante o percurso maravilhara-me com as arvores que florescem no advento.
A sede me tomara e na primeira parada não hesitei em descer para comprar um achocolatado, ao voltar ofereci àquela que sentara ao meu lado – Aceita? Respondeu-me segurando o N por uns quatro segundos - Não. A recusa não me convencera, mas não insisti, visto que ainda não existira intimidade para isso, dissera-me o bom senso.
E o seu senso também mostrara-se bom e na mesma proporção do gosto, pois logo tirara de sua bolsa um blazer todo estiloso, bege com discretas estampas florais, por conta do ar condicionado talvez um tanto exagerado. Estava com um cardigan na minha mochila, e, diga-se de passagem, tão estiloso quanto (risos), mas não quis que soasse um: “eu também tenho”.
Em seguida iniciara-se uma troca de palavras detalhadamente agradável, conversáramos sobre livros e o que eles fizeram-nos, para onde levaram-nos.
Começáramos a viajar dentro da viagem, é, redundantemente assim.
Combináramos ao chegar, ir à livraria mais próxima, mas a chuva não nos deixou. Então fôramos tomar um café no mercado municipal, logo ali ao lado. E depois de alguns rodeios encontráramos uma cafeteria tão aconchegante, com atendentes sorridentes, objetos retrôs, cestas de café e etc. Apontáramos com o dedo para as câmeras, coadores, máquinas de escrever, xícaras, moedores...
E comentáramos sobre eles enquanto inspiráramos
a fumacinha de Felicidade que exalara do café quentinho.
Sabe, algumas coisas fazem de certos corações alvos fácies, submete-os com um simples ato quando esse vem recheado de INEXPLICÁVEIS fragmentos de beleza. Como comprar um pano de prato de um menininho, mesmo sem tanta utilidade ou mesmo que já tivesse vários deles, só pelo brilho nos olhos e o sorriso daquela face sincera.
Existira ali uma melodia entoada, somente conversada, ainda assim, cheia de autenticidade não deixara de ser bela o suficiente para marcar, tornara-se quase visível ao nascer de cada palavra, da entonação da voz, do tom coerente das coisas, mesmo nas mais simples,
porém inteiramente bem expressadas.
E com o violão em mãos revezáramos para carregá-lo num sacrifício harmonioso.
A hora passara rápido como sempre, e na despedida tivera um abraço apertado com gosto de gratidão misturado de alegria e um olhar tanto puro quanto cativante.
Tem um a frase que diz: “todo o tempo perdido é uma oportunidade desperdiçada”, podemos dizer incontestávelmente que ela não se encaixa nessa crônica, nem nessa experiência.
E partiram cada um pro seu itinerário de Felicidade!
Que talvez e bem provável, em breve encontremo-nos nele uma vez mais, e mais, mais...