segunda-feira, 12 de maio de 2014

Meu caderno de crônicas acabou...



Ele estava cheio, repleto, sem espaços de sobra, como uma mesa farta a espera de comilões.
Textos, rabiscos, correções, alguns inacabados por terminar, mas sem papel para completar.

Palavras confusas se misturam, e inconfundíveis também, parágrafos coerentes vão brotando e
outros cheios de incoerência se espalham, visto que tudo está sob o domínio do seu modo de ver.

Não! Eu não redijo para obter olhares censuráveis,
mas para encontrar algum coração que careça desse passadio.

Inesperadamente nos afazeres surge uma palavra, frase, fato que inspira ou uma palavra,
frase, fato que tomo como inspiração, a diferença é que uma me enche
e outra busco por me encher, só isso que preciso.

Obviamente alguns são mais consideráveis que outros e tem um peso que nem se pode medir.

De quando em quando, como a alguns segundos, cochilo com a caneta na mão e rabisco minha camisa, já se tornou comum, é como se eles já fizessem parte daquela narrativa.

Por vezes nem sei muito como convém terminar, mas esta é a melhor parte de poder cronicar,
sem esperar, como uma semente aguardando o tempo certo do inaudito que brote
entre a ponta da caneta e o papel ainda em branco, finda-se.


Nenhum comentário:

Postar um comentário