domingo, 29 de novembro de 2015

Cuja espera infinda ...


Se se converter a saudade em dia,
Se um dia o dia for a saudade,
Sim a própria,
Depois dessas noites límpidas estreladas
De primavera florindo para o amanhecer,
Que narra como um sopro de calma:
Novo, início, recomeço...

A vida estaria em outro lugar
E a saudade também seria um
Lugar,
Aquele em que estivéssemos povoando
Nesse espaço de tempo,
Cada um teria o seu,
Vários repetidos,
Mas cada um com sua
Profunda e minuciosa consideração.

Seria um dia feliz,
Até por que
Só do que é bom
Que se faz
Saudade.

Essa felicidade vem em pedaços,
Flocos,
Fragmentos que esvoaçam
E caem lentamente preenchendo
As horas de tal período,
Coisa pequena
Como pipoca no cinema ou
Passos ao seu lado com os dedos entrelaçados.

Cabe escolher a porção preferida,
Cada qual com a natureza
Que nasce da sua particular ação da vida,

E mesmo que o dia acabe
Não há pressa,
Não acaba,
Não interrompe-se, irrompe,
Você aparece, aquece
Varões frios e
Encanta de alegria a
Saudade do dia
O dia de saudade
Cuja espera infinda.

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