quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Prelúdio ...


É um tanto difícil de descrever,
Mas se pudesse adiaria o fim daquele momento.
Sentados na mureta, no relento do vento,
Contentamento.

Se deitássemos
Como eu havia sugerido
A grama nos sustentaria,
Se impulsionássemos à frente nosso pé
O chão alcançaria.
Ficamos ali por vários minutos inteiros,
Parecia cena de filme e
Muito bem produzido aliás.

Fotografias em cores vivificantes ,
Verdes, campos, grama, inebriante,
Barracas coloridas, rodas
De vôlei, futebol, prosas, transeuntes,
idílico.

Como se estivéssemos na primeira fila
De um espetáculo,
Como se fossemos os câmeras guias
Da história,
Ao mesmo tempo protagonistas e
Sentinelas em um misto desse todo.

A trilha sonora mais constante
A todo instante,
Sua voz.

Eu falei do texto e
Tentei explicar o contexto,
O tempo impiedoso não esperou,
Mas contigo qualquer pouco é estimado
Como muito e todo muito
Como se fosse nada,
É uma medida completamente
Diferente, ou melhor,
Que não se pode medir.

Em minha voz rouca algumas
Interjeições saiam fragmentadas,
Disse me sentir estranho por isso,
Já a sua estava clara como
Sua tez de face,
Como sol de primavera,
Como o dia e
Se trata de um belo dia,
Daqueles que esperamos
Com ansiedade visível na mente,
Ainda antes de chegar.

Contagiado por sua presença
Seja ela física ou não e
Por todos os personagens desse
Agregado alcançado na prática,
Redijo, imagino, reescrevo com esmero,
Acredito, insisto, espero,
Aprecio
O que você
Me influência a dar forma.


Nenhum comentário:

Postar um comentário