quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Dizer sem falar ...
Estou fazendo as malas,
Vou viajar para ver
Quem eu quero ter
Para sempre.
Entre uma parada e outra
A distância vai se transformando
Numa coisa que não sei descrever,
Como se a saudade continuasse a bater,
A porta quase por se abrir e
Por algum tempo,
Por agora sem medida,
Outro visitante habitará e
Tomará conta
Do lugar onde o músculo mais vital
Pulsa ritmicamente vida
Para todo o corpo.
Qual será o novo hóspede do meu peito?
Não é fácil definir,
É um misto de sentimentos,
Mas imagino simplicidade de verdade
Mesmo que não pareça ser, como
Desculpar,
Crer,
Esperar,
Suportar,
Abraçar sem dizer e
Dizer sem falar,
Falar com o olhar e
Olhar ao fechar
As íris.
Deve ter um nome específico,
Mas desnecessário explicar,
Quem me espera
Entende fácil.
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