terça-feira, 14 de maio de 2013

Nobre Demais



Há alguns que são jardinadores de vida,
É crível que sua estação única seja a primavera,
Inclusive a que se encontra dentro de si,
A que podemos chamar de estado da alma,

Ela se encontra assim
Sempre bela, alegre, vibrante e
A cada dia, a cada instante
Um novo colorido emerge e
Vem somar ao harmonioso jardim.

Eu narro, mas aqui e agora não daqueles
Que sentem prazer em encontrar defeitos
Nas coisas simples,
Ou nas complexas, porque como somos nas pequenas
Seremos nas grandes,
Verdadeiramente, esses não buscam isso.

Sentenças ferinas
Desprezam, menosprezam, desprestigiam plenamente
O valor dessa coisa intangível que nos faz ser o que somos,
Que está além da carne e da tez, das faces e fisionomias,
Mas entranhada por de trás dos visos.

Um alimento digno necessita ser preparado,
Mas para fazê-lo,
Basicamente,
É inevitável não sair da nossa zona de conforto,
É preciso renunciar alguma coisa e anunciar outra,
Carece se encontrar uma maneira simples, pequena, suave
Que favoreça esse propósito,
Como um pingo mel que apanha mais moscas
Que uns litros de fel,
Melhor dizendo,
O pouco necessário e não o muito que só aparenta ser.

O passadio é aguardado,
Como alguém na janela com os olhos atentos
Na estrada,
A espera,
Para quando avistar ir correndo encontrar.

Esses se tornam nobres demais para culpar os outros,
Tem coragem e hombridade para assumir os lapsos
Sem a menos coação e
Sabedoria suficiente para enxergar os jardins de cada face,
Como se o coração mudasse de lugar e
Se encontrasse agora na ponta da tesoura que poda.

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