segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sobreleve-se a voz, o Grito!

Como se lhe custasse pronuncia, as palavras pareciam encarceradas. Sem entonação as balbuciava... E agora o que vou fazer! Perguntara para sim mesmo entre lagrimas internas. Não se dava bem com substantivos nem verbos, a intimidade era ainda menor quando o mesmo fora o quadro. O dramatismo da situação era óbvio. Ali conseguira enxergar a balda de que se tornou refém, sentira-se um marimbondo com os vocábulos e na eficácia de suas expressões. Ralhou consigo mesmo e depois de muitos rogos em meio a plateia desdenhosa, avistara em suas vísceras uma derradeira esperança, consciente de sua inabilidade e ao meso tempo, agora, ciente do seu potencial. Potencial? É, nem ele mesmo soubera dizer de onde veio. Pensara... faça essa ideia ferver-lhe o cérebro, vamos mais uma vez, confie, vai conseguir! Tantas vezes erra-se, paga-se um zoológico de micos pra se fazer entender que capacidade todos temos, mas insistimos em não usa-la. Aquele momento,instante,situação tocou num nervo, preencheu uma necessidade. Virou as costar e pé ante pé saiu sem dizer nada.

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