quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Acima de tudo há um Coração ...

Acima de tudo há um coração, que sente, que olha, e que não, não para. Que roga para ser ouvido ao falar pulsantemente quando nascem seus verbos sucessivamente latejantes e calmos.
Existe um coração que é grato apenas por ser, como se dissesse, Obrigado por você, e ao reverso de, eu estou aqui, diz, eu Sou aqui! E sempre serei. Diz de maneira gratuita, sem esperar nada em troca.
Faz de nós plêiades, é assim que nos olha. Sua vista é de dentro para fora, e é essa a sua dinâmica. Jamais se move a esmo, agorinha mesmo, há alguns segundos atrás, estara em ação num dos seus vários meios de proceder, inclusive na ponta da minha caneta.
Penso que não fui eu que vaguei para dentro dele e nem ele que vagara para dentro de mim, fora absolutamente recíproco, o que nesse caso, é bem mais que uma metáfora.
Olhando em retrospecto, estou sendo honesto com aquele que impulsionado pelos movimentos, faz haver circulação pelas veias e artéria, e pelos seus empurrões conduz nutrição e oxigênio a todo o corpo?
Já havia estado ai antes? Nesse olhar particular retrospectivo?

Essa é uma leitura não fictícia, por vezes, não muito agradável, por outras, emocionante, cativantes, em meio a sorrisos lacrimejantes.

A má notícia é que, ele não pode ser alimentado por qualquer coisa, sabe, essas coisas que “todo mundo” diz serem boas.
A boa notícia é que, se bem nutrido,...
A boca fala do que d’Ele está cheio.


(“a boca fala do que está cheio o coração”. Tirado de Mt 12-34)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A fotógrafa marrenta e o cronista cabeludo ...

Era uma vez uma fotógrafa marrenta que morara no alto do morro, comia, comia e após a comilança lavara toda a louça sem pedir socorro. A fotogenia pairara em seu itinerário, era do tipo que não corria o risco de esperar para uma nova chegar.
Lá em baixo habitara um cronista cabeludo, cantar, compor, olhar, sorrir sem escudo, tirara ele um escrito de tudo. Daqueles diálogos de alguns minutos inteiros a inspiração sempre o sequestrara a representar por meio de letras uma ou outra fala fluida inesperadamente.
E mirando de lá nascera uma foto estremecida de dor por distante estar, e uma focalizada de entusiasmo pela eminência de se encontrar.
E observando de cá rebentam palavras incomuns derivadas de lá. Redijo-as um tanto além do papel.
E foi assim que eles três pontinhos, ou melhor, ...