quarta-feira, 15 de abril de 2015

Sinta-se abraçado disse-me ...



Resplandecendo sua iridescência
Particular,
Diz-se de duas proposições das quais
Uma implica necessariamente a outra,
Logo, esta é uma narrativa que não haveria
Sem a sua presença.

Fala-se de dois conversadores,
Que partilham até suas dores,
Invasores
Vestigos de saudade que invade
Minutos inteiros, dias intensos e vice e versa,
Vivências
De sua fé e um futuro encontro num café.

Falam de abraços e de pouco a pouco
Vão estreitando seus laços,
Partilham seus lapsos,
Experiências das mais diversas,
Direitas e avessas,
Dentre tantas não citadas neste espaço.

Demorado e apertado, inesperado,
Reciprocamente bom, num tom
Que todo timbre cantarola
Sem cansar, sem cessar.

É como um beijo na testa
Que se sente e deixa contente,

Não pelo gesto isolado,
Mas pelo cuidado
Que reflete nas entrelinhas, contudo são linhas
Tênues,
Por vezes invisíveis a olhos nus
Desatentos.

Transbordante, contagiante, instigante
São suas alegrias
Nas prosas do dia-a-dia,

De sorrisos iluminantes que a cada pouco,
A cada instante
Fica um tanto mais brilhante.

Como se fosse um som
Que silencia ruídos indesejáveis,
Acalma a alma de quem alcança e lança
Seu perfume ao vento dizendo
Ainda de lábios fechados
"Mesmo não estando ao meu lado sinta-se abraçado".

É onde hospedara-se ultimamente o arrimo
De meus pensamentos e
Se a alegria fosse um lugar,
Certamente ali seria
Onde se encontrariam
A todo tempo.